quinta-feira, 12 de junho de 2014

Petrópolis e o Inventário em outros Bairros


Sabem que inventários de outros bairros já foram realizados pela administração municipal e transcorreram sem sobressaltos? Nada saiu nos jornais, não gerou reuniões, assembleias, abaixo-assinado, passeata.

E que nos bairros já inventariados, os imóveis continuam valorizados? Em certos casos, inclusive, os imóveis se valorizaram ao se agregar ao patrimônio o valor cultural, despertando a atenção de turistas, compradores e porto alegrenses à área preservada.

Caso este do bairro Cidade Baixa, que na condição de pólo boêmio revitalizado, conferiu à região inclusive o slogan “Cidade Baixa em Alta”, onde proprietários de imóveis faturam alto com alugueres e o comércio revigorado da região.

Listagem do bairro Cidade Baixa. Clique aqui.


E, no bairro Independência, quem fala em desvalorização e estagnação? Muito pelo contrário, as tradicionais e amplas edificações são procuradas para reforma, atualização e ocupação para fins de moradia, por um público que busca espaço e conforto em detrimento dos apartamentos novos de dimensões cada vez mais reduzidas. 

Listagem do bairro Independência. Clique aqui.

Ainda, o que não dizer, do bairro Moinhos de Vento, onde dentre as reivindicações que aportam da comunidade, estão a ampliação do patrimônio inventariado da região? E, ainda, da defesa pelas casas da rua Luciana de Abreu que levou a comunidade aos tribunais? Seria a comunidade do Moinhos romântica e desvairada, ou conservadora e atrasada, sem nenhum senso prático?

Listagem do bairro Moinhos de Vento. Clique aqui.

Estamos certos que não; pois somos muitos e os proprietários de bens com potencial para preservação em Petrópolis em geral aplaudem o ato de proteção.

Em nosso bairro, a estabilização trazida pelos imóveis inventariados os tornará mais atraentes e valorizados por pessoas que gostam de morar em casa ou que querem agregar ao seu negócio o charme de um endereço com reconhecido valor cultural e, ainda, protegerem seus imóveis de edificações lindeiras que as desvalorizem.


De mais a mais, após a construção de 5070 unidades habitacionais no período de 2000 a 2010 no bairro Petrópolis, não se pode dizer que o bairro não esteve aberto a transformações, e tampouco que deixará de estar.

Também não se pode dizer que o bairro seja elitista, pois, com base na venda de índices construtivos que elevaram os prédios a alturas maiores do que o previsto no Plano Diretor, Petrópolis certamente é o bairro que mais financiou construções populares em Porto Alegre, conforme a destinação legal prevista para o solo criado. (Lei Complementar 315/1994).

Igualmente não se pode alegar que o inventário é ato descabido, muito pelo contrário, é um dever legal que encontra previsão na Constituição Federal e Plano Diretor (vide § 1º do art. 216 da Constituição Federal e art. 90, § 1º; art. 92, § 2º, § 4º e 5º, art. 162, X da Lei Complementar 434/1999, além da Lei Complementar 601/2008).

Enfim, o patrimônio cultural de Petrópolis não é só do bairro, pois é através dele que preservamos uma das diversas fisionomias de Porto Alegre.

A memória; a identidade dos lugares relaciona-se com o sentimento de pertencer, de se sentir conectado ao lugar e às pessoas que o compartilham.

Não bastasse tudo isso, o inventário mostra-se também um bom negócio para quem quer morar ou auferir renda do imóvel.

ACESSE o Abaixo-Assinado e FIRME seu apoio ao Inventário de Petrópolis!




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